A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita no Brasil, realiza sua primeira turnê na cidade de Paracatu, noroeste de Minas Gerais. A Orquestra abrirá o 4º Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu no dia 1º de julho, na Praça da Matriz, às 20h. Nesta oportunidade, o grande público irá ouvir um repertório ao mesmo tempo diversificado e descontraído, com compositores exponenciais da música sinfônica como Berlioz, J. Strauss Jr, Liszt, Tchaikovsky, além de um dos mais importantes compositores brasileiros de todos os tempos, Carlos Gomes. A regência é do maestro Marcos Arakaki, com uma longa trajetória artística tanto na Filarmônica como em outras orquestras de destaque no Brasil e no exterior. Entrada gratuita.
A Filarmônica e a Kinross, patrocinadora desta turnê, também prepararam outras duas apresentações. Uma de cunho didático, para alunos da escola pública, e um concerto de câmara, para estudantes de música. A seleção para esses concertos foi feita pela Prefeitura Municipal de Paracatu e pela Superintendência Regional de Ensino de Paracatu. Essa iniciativa veio ao encontro do programa de ampliação do acesso e formação de novos públicos, conduzido pela Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. De 2008 a 2016, a Orquestra realizou 90 concertos educacionais. “Já tocamos para mais de 87 mil jovens em concertos didáticos e, além de ser um momento muito gratificante para o músico profissional, é impressionante como isso ajuda a despertar o interesse da juventude pelo repertório clássico”, diz o maestro Arakaki. Tanto nos concertos educativos como nos concertos em praça pública, ressalta o maestro, “o público se aproxima da Orquestra por meio de informações e histórias que serão importantes para o conhecimento e para a escuta”.
Os três concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Kinross Paracatu por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e têm o apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu.
O maestro Marcos Arakaki
Marcos Arakaki é Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais e colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes 2001 e o Prêmio Camargo Guarnieri 2009, ambos como primeiro colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso Internacional Eduardo Mata, realizado na Cidade do México em 2007.
Marcos Arakaki tem dirigido outras importantes orquestras tanto no Brasil como no exterior. Estão entre elas as orquestras sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, a Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, orquestras de Câmara da Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. No exterior, dirigiu as orquestras Filarmônica de Buenos Aires, Sinfônica de Xalapa, Filarmônica da Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e a Boshlav Martinu Philharmonic da República Tcheca.
Marcos Arakaki foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira e regente titular da OSB Jovem e da Orquestra Sinfônica da Paraíba.
Natural de São Paulo, Marcos Arakaki é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts, Estados Unidos. Recebeu orientações de David Zinman na American Academy of Conducting at Aspen e participou de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner.
Nos últimos dez anos, Marcos Arakaki tem contribuído de forma decisiva para a formação de novas plateias, por meio de apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como coordenador pedagógico, professor e palestrante em diversos projetos culturais, instituições musicais, universidades e conservatórios de vários estados brasileiros.
Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
A Filarmônica de Minas Gerais, ao longo de sua história, recebeu sete prêmios de cultura e desenvolvimento social, efetivando-se como um dos projetos mais bem-sucedidos de Minas Gerais e do Brasil no campo da música erudita. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 90 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Desde a sua criação, em 2008, até junho de 2017, a Filarmônica realizou 672 concertos, com a execução de 890 obras de compositores brasileiros e estrangeiros, para mais de 874 mil pessoas, sendo que mais de 43% do público pôde assistir às apresentações gratuitamente em praças da Região Metropolitana de Belo Horizonte e em 93 concertos no interior de Minas. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 60 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.